domingo, 13 de março de 2011

O Tempo


Das certezas que tenho na vida uma que me acompanha firmemente é a de que tenho muito passado, não sei quanto tenho de futuro, mas sei com certeza que tenho o agora e que este acontece da forma que eu deixo acontecer.

Eu escolho se aproveito a fruta da polpa ao caroço, ou se me mantenho na superficialidade. E é justamente isto que não quero.

Não quero mais a mediocridade de relações superficiais, as discussões demoradas de egos inflamados. Quem de fato estará certo?

Agora, o simples me atrai. O simples presente no balanço do mar, no relaxar da rede, no  caminhar descalço pela areia, no perceber que aquele espelho reflete muito mais que uma imagem, reflete uma alma.

A vida me atrai.

Canso-me facilmente com melindres e imaturidades, não tenho mais tempo para acareações, ou rótulos, pessoas são pessoas não marcas. Apesar de ter percebido que posso melhorar meus defeitos, sei que alguns deles me perseguirão para sempre.

Quero a essência do viver de verdade, sorvendo a vida como a menina que se lambuza com a manga, só que eu estarei sorvendo a minha existência, colhendo a arvore de cada semente que plantei.

Por fim, retomando Fernando Pessoa quero abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do meu corpo, e deixar de lado os caminhos antigos, que sempre me levaram aos mesmos lugares.

Estou no tempo da travessia: Ou ouso fazê-la, ou ficarei, para sempre, à margem de mim mesma.

Então Carpe Diem!




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